quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CORRUPÇÃO, MÍDIA E CULTURA POLÍTICA.

            Venhamos e convenhamos que boa parte daqueles que ocupam cargos públicos no Brasil, em especial os cargos comissionados ou de confiança - ministros, secretários etc - têm uma relação promíscua com a coisa pública, ou melhor, fazem da coisa pública privada - na maioria das vezes na dupla acepção da palavra -, isto faz parte da própria cultura política de nosso país. Cultura política esta que não conseguiu civilizar os seus - os políticos - agentes dentro de uma clara distinção entre o público e o privado. No entanto, a cruzada moralista que boa parte da grande mídia nacional trava pela moralização e contra a corrupção parece passar ao largo deste problema secular e pouco aponta para a sua solução, muito pelo contrário só faz agravá-lo, a medida que contribui para a estigmatização e demonização da política enquanto prática e dos políticos como pessoas corruptas por natureza, tentando com isso produzir um distanciamente e uma aversão por parte da população para com estes e com aquela. A grande mídia nacional tenta, com isto, retirar das intâncias políticas sua autoridade, querendo claramente desestabilizar um projeto de governo que vem dando certo, pois adeptos da doutrina do "quanto pior melhor" e saudosos que são dos tempos da ditadura, do tempo das minorias elitistas e conservadoras controlando as instituições de nosso país e governando em causa própria, fazendo do público privado, um privado de carter conservador, facista, autoritário, como também é o seu discurso moralizante. Precisamos ficar atentos.

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