segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

MARCO ANTONIO VILLA, O MAIS NOVO VENTRÍLOCO DO CONSERVADORISMO MIDIÁTICO E DEFENSOR DA MORALIDADE E FISCALIDADE PÚBLICA AOS MOLDES REINALDO AZEVEDO.

            O historiador Marco Antonio Villa parece ter ficado tão deslumbrado com o espaço que a GLOBO e a VEJA lhe deu para divulgar seu livro que parece ter perdido o senso de perspectiva que a profissão enseja. Deu agora para se apresentar como um dos ventrílocos da moralidade e da fiscalidade pública, em recente artigo seu publicado na FOLHA, nos mesmos moldes de Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes. A sindrome de Caetano Veloso parece ter atingido não só a Mary del Priory, mas parece que também levou a reboque o Marco Antonio Villa. 
            Mas o pior não é isso, o Marco Antonio Villa reproduz um discurso que tenta reescrever a história recente do país legitimando o que há de mais reacionário e conservador em nossa sociedade, o papel que a grande mídia nacional exerceu ao longo do perído ditatorial, em especial a FOLHA - onde o Villa publicou seu artigo -, a VEJA, a GLOBO, o ESTADÃO, e que vêm exercendo nos últimos anos. Papel este que segundo Villa é o do vigoroso combate aos "abusos do poder". Poder este, que para Villa, em seu artigo, é incorporado pelo Governo Federal que teria desencadeado nos últimos anos um processo de repressão facista, vejamos o que diz o nosso iminente historiador:
"A minha questão é com a forma como o governo federal montou uma política de poder para asfixiar os opositores. Ela é muito mais eficiente que as suas homólogas na Venezuela, no Equador ou, agora, na Argentina.
Primeiro, o governo organizou um bloco que vai da direita mais conservadora aos apoiadores do MST. Dessa forma, aprova tudo o que quiser, com um custo político baixo. Garantindo uma maioria avassaladora no Congresso, teve as mãos livres para, no campo da economia, distribuir benesses ao grande capital e concessões aos setores corporativos. Calou também os movimentos sociais e sindicatos com generosas dotações orçamentárias, sem qualquer controle público.
Mas tudo isso não basta. É necessário controlar a imprensa, único espaço onde o governo ainda encontra alguma forma de discordância. No primeiro governo Lula, especialmente em 2005, com a crise do mensalão, a imprensa teve um importante papel ao revelar as falcatruas -e foram muitas.
No Brasil, os meios de comunicação têm uma importância muito maior do que em outras democracias ocidentais. Isso porque a nossa sociedade civil é extremamente frágil. A imprensa acaba assumindo um papel de enorme relevância.
Calar essa voz é fechar o único meio que a sociedade encontra para manifestar a sua insatisfação, mesmo que ela seja inorgânica, com os poderosos.
Já em 2006, quando constatou que poderia vencer a eleição, Lula passou a atacar a imprensa. E ganhou aliados rapidamente. Eram desde os jornalistas fracassados até os políticos corruptos -que apoiavam o governo e odiavam a imprensa, que tinha denunciado suas ações “pouco republicanas”.
Esse bloco deseja o poder absoluto. Daí a tentativa de eliminar os adversários, de triturar reputações, de ameaçar os opositores com a máquina estatal.
É um processo com tinturas fascistas, que deixaria ruborizado Benito Mussolini, graças à eficiência repressiva, sem que se necessite de esquadrões para atacar sedes de partidos ou sindicatos. Nem é preciso impor uma ditadura: o sufrágio universal (sem política) deverá permitir a reprodução, por muitos anos, dessa forma de domínio." ( Extraído do blog do Reinaldo Azevedo - aquele mesmo - que tece clamorosos elogios ao mais novo ventríloco, ver: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/)
          Digam-me se não é um primor de análise esta do nosso iminente historiador, digna das páginas de Veja. Sem mais.

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