segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

AS CHUVAS DE VERÃO OU A TENTATIVA DE AFOGAMENTO DO GOVERNO PELA/O GLOBO

            A GLOBO e a VEJA retornaram às suas atividades políticas no ano recém iniciado tentando produzir uma ecatombe chuvosa, alardeanto medo e desespero entre a população, numa sordida tentativa de afogar mais um ministro e o governo DILMA em mais uma suposta crise política de grandes e graves consequências. Mas, parecem ter esquecido de confrontar este discurso com aquilo que os jornalistas chamam de "fatos", com a "realidade dos fatos". As chuvas de verão deste ano parecem ter se tornado nos escritos, nas vozes, nas falas e nas imagens de VEJA e GLOBO na maior tragédia ambiental de todos os tempos. Redescobriram as encostas das cidades do Rio e de Minas na mesma intempestividade das chuvas de verão, mas ao longo do ano passado esqueceram, calaram e silenciaram diante da farra com o dinheiro público, repassado pelo governo federal, que os prefeitos da região serrana do Rio fizeram e nada investiram para que tragédias semelhantes não voltassem a ocorrer. 
         Diante deste "fato" GLOBO e VEJA se calaram o ano inteiro, esquecendo do papel que dizem desempenhar, o de arautos da moralidade e da fiscalidade pública, simplemente silenciaram. Por suposto, devido ao fato, de que aquele "fato" na visão de seus editores não diz respeito ao principal papel que a mídia exerce hoje no país, o de oposição ao Governo Federal. Papel este que segundo seu mais novo ventríloco, o historiador - estamos bem servidos de historiador, com um desta estirpe, o resto é o resto - Marco Antonio Villa, se caracteriza pela oposição aos "desmandos do poder". Segundo este a mídia exerce o vigoroso papel de defensora da democracia diante do autoritarismo, da repressão e da cooptação de tonalidade facista exercida pelo Governo, algo que segundo Villa, não foi feito ou visto nem durante a "ditabranda", como gosta de nomear o jornal no qual ele escreveu recente artigo.
            Agora, esta mesma mídia tenta se investir mais uma vez neste papel para tentar colocar em questão a transferencia de verbas do Ministério da Integração Nacional para Pernambuco, sob o pífio argumento de favorecimento do curral eleitoral do ministro. Esqueceram os arautos da moralidade e da fiscalidade pública que a Mata Sul de Pernambuco passou por duas catastrofes climáticas sem precedentes na sua história em menos de um ano, tendo destruído inúmeras cidades e deixado milhares sem casa e ao desabrigo de barracas improvisadas, esqueceram também de constatar o que está sendo feito nesta região para recuperar os prejuízos e previnir novas catastrofes, exatamente com o dinheiro do suposto favorecimento. Esqueceram até de problema climático, talvez, mais grave: a seca que assola a quase três meses a maioria dos municípios do sul do país. Mas, como o o bjetivo principal desta campanha é transformar uma chuva de verão em um mar de catástrofe para afogar o governo, a seca não repercute. No entanto, como diria Cazuza: "suas ideias não correspondem aos fatos, essa piscina está cheia de ratos".

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