quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sou como palavra escrita na beira da praia, tenho de me fazer e refazer todos os dias, a cada amanhecer, a cada meio dia, a cada entardecer, com o por do sol e ao nascer da lua, nas noites enluaradas e nas madrugadas escuras...a cada onda que vem e que volta, sob pena de não ser mais no dia seguinte...nem sombra, nem resto, nem marca...sob pena de não ser mais nada, nem lembraça, nem esquecimento, sob pena de nunca ter existido...me refaço constantemente, por isso não me procure onde estava ontem, nas marcas que deixeis pela manhã...não sou mais eu...sou outro...me refiz...sou palavra na areia da praia.

Um comentário:

  1. A cada ir e vir destas ondas que te apagam e te permitem seres usadas para se refazerem com outros sentidos,outras palavras,termos,mesmo em outros mares,ainda serão escritas.

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